Era frequente estarem os campanários das Igrejas sob a sua proteção e os próprios sinos apresentarem o seu nome. Como é sabido, em ocasião de trovoadas recorria-se só repicar dos sinos como forma de afastar a tempestade, embora esta prática não estivessem necessariamente em relação com o culto de Santa Bárbara. A prática de tocar os sinos era acompanhada ou substituída por bater fortemente em metais. Os metais tem uma virtude amulética e provocar ruído é uma forma de afugentar as coisas más.
O toque dos sinos em capela dedicada a Santa Bárbara, ocorria logo que a atmosfera se tornava pesada, e não parava de tocar enquanto a trovoada não terminava como é registado em meados do século XX.
Como protetora contra os raios, também se achava que protegia da morte súbita.
É padroeira dos mineiros talvez por se ter refugiado nas fragas e a fraga se ter aberto para ela se esconder. São muitas as minas, em vários países europeus que tomaram o seu nome.
Santa Bárbara é na verdade, e do que pudemos apurar, um orago muito pouco frequente em Portugal, no que se refere a igrejas paroquiais. Santa Bárbara de Nexe, no concelho de Faro e Santa Bárbara de Padrões, no concelho de Castro Verde.