O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, evidenciou ontem, natural satisfação com o anúncio feito pelo Governo, relativo à retirada de amianto de 578 estabelecimentos de ensino de todo o país, um plano que contempla também o concelho paivense, com a intervenção prevista em sete equipamentos escolares.
O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, evidenciou ontem, natural satisfação com o anúncio feito pelo Governo, relativo à retirada de amianto de 578 estabelecimentos de ensino de todo o país, um plano que contempla também o concelho paivense, com a intervenção prevista em sete equipamentos escolares.
" Aplaudo e congratulo-me com esta decisão governativa, na medida em que era uma reivindicação antiga também existente neste município, uma grande preocupação de saúde pública, e que motivava protestos da nossa comunidade escolar, existindo situações ligadas a escolas da rede pública da educação pré-escolar e do ensino básico ", começou por referir o autarca de Castelo de Paiva, evidenciando contentamento, da lista agora anunciada, contemplar equipamentos escolares do concelho, como a EB 1 de Casal da Renda, Eb 1 de Pereire, EB 1 da Póvoa, EB 1 da Raiva, EB 1 de Serradelo, EB 2.3 de Sobrado e Jardim de Infância da Ladroeira.
A propósito desta matéria, o autarca recordou que " a utilização de fibras de amianto tem sido bastante contestada, e a sua aplicação foi proibida no quadro normativo nacional em 2005 e, até agora, os investimentos na requalificação e modernização de escolas permitiram proceder gradualmente à remoção de parte deste material, que ainda não foi totalmente eliminado dos estabelecimentos de ensino ".
Com a expansão da escolaridade obrigatória nas décadas de 80 e 90 do século anterior, a construção acelerada de escolas levou ao recurso a projectos padrão e processos construtivos que integravam este tipo de material, elementos prefabricados com amianto na sua composição (designadamente placas de fibrocimento), que eram aplicadas geralmente em coberturas de salas, zonas de acolhimento e galilés.
Relativamente a esta matéria, o edil Gonçalo Rocha recordou também que " foi a partir de 2005, quando a utilização de fibras de amianto foi proibida no quadro normativo nacional, que os investimentos realizados nas obras de requalificação e modernização de escolas permitiram proceder, gradualmente, à remoção deste tipo de material, não tendo sido possível, contudo, até aos dias de hoje, eliminar totalmente, pelo que nos satisfaz bastante a posição agora assumida pelo Governo, aproveitando o encerramento dos estabelecimentos de ensino devido à pandemia de Covid-19 para avançar com as intervenções necessárias para a substituição ".
Por outro lado, é um facto que as escolas não são os únicos equipamentos do concelho que contêm amianto, lembrando o autarca que, ao nível da população local, estes materiais associados ao amianto, sempre tiveram uma utilização comum, que vai desde as condutas aos depósitos e tanques para armazenamento de água, passando por coberturas, revestimentos de tectos e paredes, chaminés e casas pré-fabricadas, daí a preocupação não estar orientada apenas para os equipamentos escolares, tendo em conta o comprovado risco das fibras de amianto e a sua relação entre a sua exposição e o desenvolvimento de doenças cancerígenas.