Numa Tenda Gigante aquecida e a “arrebentar pelas costuras”, localizada em local privilegiado no Largo do Conde, realizou-se na noite do passado sábado, a 19ª edição do Encontro de Cantares das Janeiras, uma iniciativa promovida pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, que este ano voltou a ter uma forte adesão, contando com a participação de 12 grupos locais, entre associações, grupos folclóricos, bandas de música, grupos corais e escolas de música.
O cenário este ano foi diferente, e numa terra de músicos e de musica, este é um evento cultural, que todos os anos renova e motiva grande entusiasmo e alegria, e como sempre autarquia paivense pretendeu juntar os grupos e associações que, no território concelhio, mantêm viva esta secular tradição de cantar os reis, promovendo este encontro anual,
Para além do presidente da edilidade, Gonçalo Rocha, marcaram também presença o Vice – Presidente António Rodrigues, o Vereador da Cultura, José Carvalho, bem como os vereadores Manuel Junot e Filipe Valente, assim como o presidente da Assembleia Municipal, Gouveia Coelho, destacando-se ainda, a presença de diversos autarcas do concelho e vários dirigentes associativos.
O espectáculo deste ano, contou com as presenças de 12 grupos, nomeadamente a Academia de Musica de Castelo de Paiva, Banda Marcial de Bairros, Tuna da Universidade Sénior, Escola de Concertinas da Casa do Povo da Raiva, Escola de Musica de Real, Rancho Folclórico de Bairros, Rancho Folclórico de Nossa Senhora das Amoras, Escola de Musica de Santa Maria de Sardoura, Rancho Folclórico de S. Martinho, Grupo Amigos da Sexta, Grupo de Danças e Cantares do Paraíso e o Rancho Folclórico de Castelo de Paiva, todos imbuídos no espírito festivo que se atravessa, procurando retratar a tradição de outros tempos.
José Carvalho congratulou-se com a iniciativa, mostrando-se satisfeito com mais este sucesso cultural, recordando depois, a época em que se cantavam os reis ou as janeiras nas terras do interior, realçando o espírito de solidariedade que sempre existia entre todos no seio da comunidade, numa manifestação bem popular que continua a levar a tradição e a cultura de porta a porta.
“Trata-se de uma forma genuína de reviver velhas tradições que, apesar das mudanças evidenciadas na sociedade actual, ainda se mantém activa neste concelho, e na verdade, continuamos agradados que haja gente e colectividades interessadas em manter este espírito”, referiu ainda a propósito, o vereador da cultura, José Carvalho, orgulhoso com o envolvimento das associações neste evento.
Também satisfeito com o êxito desta iniciativa cultural, estava Gonçalo Rocha, presidente da autarquia, que também se congratulou com a excelente adesão conseguida, agora num espaço diferente, com a continuidade deste secular costume de cantar os reis, “onde para além de se estimular a defesa do património cultural, se desperta os valores da etnografia, concretizados na antiguidade dos cantares, na riqueza dos trajes regionais e na adequação dos instrumentos utilizados, na musicalidade e no bom nível das interpretações, tudo evidenciado num espírito de solidariedade e fraternidade que interessa preservar”.
Para o edil paivense, esta iniciativa continua a ser um testemunho cultural que vai passando de geração em geração, através da representação de grupos cada vez mais diversificados, mantendo assim, além da saudável convivialidade, uma raiz que nos toca e nos identifica com a terra, com os costumes e as jornadas da sociedade, assumida como uma reprodução e um percurso de um passado recente, que nos permite a orientação de encontro às necessidades sócio culturais da população, que queremos continuar a respeitar, garantir, valorizar, e preservar, com carinho e uma simbologia especial para a nossa terra.
Deixando uma palavra de esperança a todos os paivenses, ao seu valor e à sua força, Gonçalo Rocha evidenciou a certeza de manter, como principal objectivo da sua governação, total empenhamento nas melhoria das condições de vida, na justiça social, no trabalho e no progresso do território, referindo-se ao investimento feito na Tenda Gigante aquecida que, a partir de agora, será o palco para acolher grandes eventos municipais, como já no próximo mês de Março, com o Festival da Lampreia, na zona ribeirinha de Boure / Sardoura, em fase final de obras de requalificação.
Enquadrando as tradições numa simbologia especial para o concelho, o autarca de Castelo de Paiva falou ainda, nas diversas iniciativas realizadas no período de Natal, nomeadamente a decoração natalícia das rotundas do concelho, o Parque das Árvores e o evento “Sinais de Natal “, que voltaram a ser um sucesso e que registaram boa adesão.
Ao recordar os primórdios da iniciativa, recuperando velhas cantigas e se dinamizando a música popular portuguesa, o edil paivense Gonçalo Rocha deixou, neste início de ano, uma palavra de esperança à comunidade e prestou homenagem a todos os que, ao longo dos tempos, dão vida a esta tradição, desejando que, no aspecto cultural, a dinamização destas iniciativas possa ter continuidade, prestigiando o concelho e reforçando o movimento associativo, formulando votos para que o novo ano, apesar dos tempos difíceis que se vive, represente para todos Paivenses e para o concelho, a efectivação de todos os anseios e a realização de todos os ideais de justiça, de trabalho, de tolerância, de solidariedade, de desenvolvimento e progresso social.
Durante e iniciativa, foram entregues os prémios do VIII Concurso de Decoração Natalícia de Rotundas, levado a efeito pela edilidade paivense em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva, que contemplou a Rotunda do Milénio, em Sobrado ( Associação Sol Nascente ) com o 1º prémio, a Rotunda da Cruz da Carreira com o 2º lugar ( Centro Social de SM de Sardoura ), e a Rotunda do Anjo ( AFV Tragédia de Entre os Rios ), como terceira classificada, com prémios patrocinados pelas empresas Serralharia Bel’Arte, BRADCO e Intermaché de Castelo de Paiva.