Acção de Marketing no “coração “ da Europa
Vinhos Verdes de Castelo de Paiva
apresentados com sucesso no Luxemburgo
* Gonçalo Rocha e a burgomestre Lydie Polfer presidiram à abertura da Feira Internacional
A Câmara Municipal de Castelo de Paiva, em colaboração directa com a Associação Comercial e Industrial e a Adega Verde, promoveu no passado fim de semana, no Grão Ducado do Luxemburgo, a Feira Internacional do Vinho Verde, uma iniciativa gizada para dar a conhecer o que de melhor se produz no sector vitícola, nesta Sub Região do Paiva, que integra a Região dos Vinhos Verdes.
A Câmara Municipal de Castelo de Paiva, em colaboração directa com a Associação Comercial e Industrial e a Adega Verde, promoveu no passado fim de semana, no Grão Ducado do Luxemburgo, a Feira Internacional do Vinho Verde, uma iniciativa gizada para dar a conhecer o que de melhor se produz no sector vitícola, nesta Sub Região do Paiva, que integra a Região dos Vinhos Verdes.
O certame traduziu-se num grande sucesso e reuniu uma dezena de produtores paivenses, atraindo milhares de visitantes, que tiveram a oportunidade de apreciar os melhores néctares do concelho, num ambiente de animada e feliz confraternização, até porque é inquestionável que pelo estômago também se mata as saudades de Portugal.
Acompanhado pela burgomestre da cidade do Luxemburgo, Lydie Polfer, e pelo Cônsul de Portugal neste país, Rui Monteiro, o presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, presidiu à cerimónia de abertura da feira, à frente de uma comitiva paivense onde se evidenciou a presença dos principais produtores de marca do concelho, do representante da Associação Comercial e Industrial, António Novais, e António Costa, presidente da nova Adega Verde de Castelo de Paiva, do presidente do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa, Luís Ribeiro, entre autarcas, individualidades e agentes locais.
O evento que marcou esta primeira edição da mostra, decorreu no amplo espaço de congressos e exposições Halle Victor Hugo, em Limpertsberg, e apresentou um atractivo programa cultural e recreativo, que despertou natural expectativa junto da comunidade portuguesa que representa mais de 20 % da população do Grão Ducado e contemplou um baile de Carnaval com o DJ Rui Novais, a participação do Conjunto Musical HS4, da actuação de Bruno Bragança e Tomané, para além de apresentação de folclore, baile à moda antiga e exibição de grupos de concertinas, entre as diversas provas de vinhos e jornadas gastronómicas.
Com esta iniciativa, a Câmara Municipal de Castelo de Paiva deu continuidade à sua aposta de divulgação e ao trabalho de promoção da marca “ Foral de Paiva “, apresentado pelas Caves Campelo, procurando assim evidenciar o que há de melhor na agricultura local, onde o sector vitícola se apresenta num plano superior, tentando assim, reforçar no estrangeiro, a imagem dos vinhos verdes de qualidade produzidos neste concelho duriense.
“ Queremos apostar na valorização da produção vitícola do concelho de Castelo de Paiva e na promoção do produto agrícola mais conhecido e premiado da nossa região, o melhor vinho verde do mundo, junto desta imensa comunidade emigrante no Luxemburgo. Sabemos que aqui estão radicados inúmeros paivenses, este é por isso um palco privilegiado”, destacou Gonçalo Rocha à imprensa local.
O edil paivense mostrou-se satisfeito pelo êxito alcançado e manifestou a sua alegria de ver a forte adesão que a iniciativa teve, atraindo muitas centenas de emigrantes, muitos deles oriundos de Castelo de Paiva e terras vizinhas, evidenciando, “ esperar que esta seja a primeira de muitas, sempre com sucesso e que seja sobretudo um momento de partilha, de convívio e de alegria para os emigrantes e para a comunidade portuguesa aqui radicada. Desta forma, têm a possibilidade de ter a terra do seu coração aqui junto deles “.
“ Estou confiante que nos próximos anos iremos evoluir seguramente para patamares ainda de maior qualidade e de excelência nesta iniciativa e que vai projectar muito o nosso concelho de Castelo de Paiva no contexto europeu, mas sobretudo junto desta belíssima comunidade que não esquece a sua terra natal. Ao mesmo tempo, esta é também uma oportunidade de estarem em contacto com a Feira do Vinho Verde, uma iniciativa que já conta com 16 edições no nosso concelho e que atrai milhares de pessoas a Castelo de Paiva, todos os anos, no primeiro fim-de-semana de Julho ”.
Com esta acção no “ coração da Europa “, o autarca paivense acredita no sucesso desta acção promocional e fala na excelência da produção que o concelho apresenta nos verdes tintos, realçando também o crescimento que os vinhos verdes estão a ter no mercado externo, considerando por isso, ser fundamental que os produtores locais apostem na qualidade e na promoção, como forma de garantir o escoamento da produção e a ser mais reconhecidos.
Para Gonçalo Rocha, toda a gente sabe que Castelo de Paiva tem bons vinhos, tem é que apostar mais na sua valorização e promoção, de forma a garantir sustentabilidade e ganhar escala, daí manifestar o desejo e evidenciar a importância que a Adega Verde possa ganhar, renascendo em força e com total profissionalismo, apelando depois, aos produtores paivenses, que apostem na criação de marca e na certificação dos seus vinhos, por forma a garantir sucesso e rentabilidade.
Este certame internacional, que contou com a presença de muitos de visitantes, muitos deles também ligados ao sector da vinha e do vinho, potenciou excelentes oportunidades de negócio e a abertura de mercado aos diversos viticultores que, no concelho de Castelo de Paiva, apostam com grande amplitude neste sector de actividade. Do famoso verde tinto, ao vinho branco e ao rosé, passando pelo espumante de vinho verde até à “caipirinha” de vinho verde, vários foram os produtores paivenses que aproveitaram a oportunidade criada pela Câmara Municipal e Associação Comercial para mostrar o que melhor que produzem, na Rota do Melhor Vinho Verde do Mundo.
Quinta de Vale Truto, Corga da Chã, Quinta do Toutiçal, Quinta de Religães, Quinta do Outeiro, Casa de Algar, Adega Verde/ Caves Campelo ( Foral de Paiva ) foram os produtores que marcaram presença neste certame internacional, onde também se evidenciou a representação das Caipirinhas de Vinho Verde, para além da apresentação municipal, traduzida num stand onde se mostrou as imensas potencialidades turísticas do concelho de Castelo de Paiva e a sua dinâmica cultural.
Com o forte empenhamento da Paiva Doce, uma empresa de Castelo de Paiva que já é uma referência neste pequeno país da União Europeia, esta foi também uma oportunidade para os visitantes se deliciarem com sabores dos petiscos regionais de Castelo de Paiva, com a doçaria local e com o fumeiro da região, sendo certo que a próxima edição desta Feira de Vinhos no Luxemburgo terá, certamente, uma componente alargada aos sabores tradicionais da cozinha paivense.
A ideia de promover este certame na capital do Luxemburgo partiu de António Novais, empresário e actual presidente da Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva, paivense que tem interesses comerciais no Grão-Ducado, através da Paiva Doce, referindo que, “ esta ideia surgiu há cerca de oito meses e partiu do facto do concelho estar integrado numa região vitícola denominada Sub-Região do Paiva, que obteve nos últimos cinco anos 14 medalhas pelo seu excelente vinho verde e, como tal, havia a necessidade de criar uma plataforma de internacionalização. Como a minha empresa, que está ligada à área alimentar, veio para o Luxemburgo há cerca de um ano, pensei que o melhor seria organizar nesta zona, uma primeira mostra de vinhos verdes de Castelo de Paiva, que funcionaria como uma plataforma de entrada na Europa ”.
Visivelmente satisfeito com o sucesso desta primeira edição, António Novais partilhou a ideia defendida por Gonçalo Rocha, na perspectiva de que este certame tem potencial para se afirmar e trazer dividendos aos produtores locais, ficando por isso garantida a sua realização no próximo ano, talvez numa data mais avançada.
Recorde-se que o Luxemburgo tem uma população de pouco mais de meio milhão de pessoas, numa área de aproximada de 2586 km², acolhendo uma percentagem elevada de emigrantes portugueses, muitos deles do município de Castelo de Paiva e da região do Vale do Paiva.