Um Fogo Que Arda, na Ponte Centenário de Pedorido

 Um Fogo que Arda parte para um desafio ainda mais complexo – a instalação de um evento multidisciplinar de grande dimensão no local de encontro dos Rio Arda e Douro, utilizando como cenário a ponte histórica, o Rio Arda e as suas margens. O teatro, a música, o canto, o circo e o vídeo convocarão para esta cenografia extraordinária a vida, os ritos e os mitos locais num espetáculo de forte pendor visual e plástico. Dão corpo ao trabalho os profissionais do Teatro do Bolhão e os membros da comunidade local, com um destaque para os 15 antigos mineiros do Pejão, para os valboeiros de Pé de Moura e para o grupo de Taekwondo de Pedorido. Juntos, farão regressar à ponte o antigo comboio da mina, o Entrudo chocalheiro e até mesmo Santa Bárbara, a padroeira dos mineiros. A ponte, réplica de menor dimensão da ponte que ruiu em Entre-os-Rios, será também, e por isso, um espaço de homenagem.

. “Quando nos decidimos a trabalhar num espaço que existe há mais tempo do que nós próprios, percebemos que, por mais que esse espaço sofra alterações, ele está carregado de memórias e imagens. Tomando como cenário as águas dos rios Douro e Arda, no local onde se encontram, debruçados das margens e das pontes, olhando quer as águas dos rios, quer o desenho centenário da ponte em ferro, Um Fogo que Arda procura criar novas memórias e imagens para aqueles que, depois de nós, viverão. Porque a vida, a nossa e a dos outros, continua para além de nós... E este deve ser, também, o nosso legado…” António Capelo