“Triângulo de Guerra” é um romance escrito por Cecília Beça e traz a história da jovem Sara, Jamal e a sua filha Yarin, refugiados de guerra do Curdistão. A história reflete um pouco do que é a realidade dos refugiados, além da abordagem sobre a causa curda e a luta desigual deste povo sem nação.
Esse é o primeiro livro publicado pela autora e tem a apresentação agendada em Castelo de Paiva, no próximo dia 09 de Março, às 21h30m no Centro de Interpretação Cultural Local.
Este romance, conta a história de Sara, uma jovem alentejana que vê o seu destino mudar após um convite para trabalhar no Porto. Embora seja uma mulher acomodada ao simples, aceita o convite sem hesitar, motivada ainda a deixar para trás as memórias de uma relação que a desgastou emocionalmente. No Porto, e enquanto se adapta ao novo trabalho e à nova cidade, cruza-se com aqueles que viriam a mudar a sua vida para sempre! Jamal e a sua filha Yarin são refugiados do Curdistão.
Uma sucessão de encontros ocasionais e uma cumplicidade que foi crescendo entre Sara e Yarin, rapidamente se desenvolveu numa amizade profunda entre as duas e posteriormente no amor e paixão que acabaria por unir Sara e Jamal em caminhos convergentes. Tudo ocorre entre a agitação do Porto e a tranquilidade do Alentejo, com algumas incursões ao Curdistão, e são estas as características, os altos e baixos, a montanha-russa que, pautam o desenvolvimento e crescimento da história e das suas personagens, desenhando um triângulo de guerra, amor e fé.
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“De dentro de casa, pude observar uma imagem que iria recordar sempre. Abri a janela na tentativa de absorver melhor toda aquela serenidade. Uma leve rajada de vento quente soprou ao longo de toda a herdade fazendo levantar as folhas de Outono caídas no chão e os pássaros voaram do cimo das árvores em direção ao firmamento. O Sol punha-se atrás dos sobreiros e Jamal era agora apenas uma sombra com os braços erguidos ao céu.
Talvez estivesse a procurar respostas na sua fé ou apenas estivesse a escutar uma inspiração divina dentro do seu coração.”
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Cecília Beça mora atualmente em Cinfães. Tem 40 anos e trabalha na área de turismo.
“Escrevo desde que me lembro, mas essencialmente textos poéticos. Nunca me achei capaz de escrever uma história, criar o enredo, construir personagens. Um dia visualizei uma imagem que seria o mote para a história. Sente-me no computador e comecei a escrever. O que imaginei que seria a história do livro não se veio a realizar, pois a história inicial sofreu algumas mutações. Sem querer já estava a escrever outra história que não a que pensei no início. Escrevi o livro num mês”.