De regresso ao espaço do Auditório Municipal, que esteve a lotado, realizou-se na noite do passado sábado, a 22ª edição do Encontro de Cantares das Janeiras, uma iniciativa promovida pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, que este ano voltou a ter uma forte adesão, contando com a participação de 14 grupos locais, entre associações, grupos folclóricos, bandas de música, grupos corais e escolas de música.
O cenário foi preparado a preceito, e numa terra de músicos e de musica, este continua a ser um evento cultural, que todos os anos renova e motiva sempre grande entusiasmo e alegria, e como sempre autarquia paivense pretendeu juntar os grupos e associações que, no território concelhio, mantêm viva esta secular tradição de cantar os reis, promovendo este encontro anual,
Para além do presidente da edilidade, Gonçalo Rocha, marcaram também presença o presidente da Assembleia Municipal, Gouveia Coelho, o Vereador da Cultura, José Carvalho, bem como os vereadores José Rocha e Vanessa Pereira, destacando-se ainda, a presença de presidentes de Juntas de Freguesia, membros da AM e outros autarcas do concelho e vários dirigentes associativos.
O espectáculo deste ano, apresentado por Ricardo Ramalho, contou com as presenças de 14 grupos, nomeadamente a Academia de Musica de Castelo de Paiva, Banda Marcial de Bairros, Escola de Musica e Amigos de Sardoura, Rancho Folclórico de Bairros, Banda Musical de Fornos, Grupo As Camponesas de Real, Universidade Sénior de Castelo de Paiva, Grupo de Concertinas Casa do Povo da Raiva, Grupo “ Os Amigos da Sexta “, Rancho Folclórico de S. Martinho, Rancho Folclórico de Nossa Senhora das Amoras, Grupo Os Bairristas, Grupo de Danças e Cantares do Paraíso e o Rancho Folclórico de Castelo de Paiva, todos imbuídos no espírito festivo que se atravessa, procurando retratar a tradição de outros tempos.
José Carvalho, Vereador da Cultura, congratulou-se com a iniciativa, mostrando-se satisfeito com mais este sucesso cultural, recordando depois, a época em que se cantavam os reis ou as janeiras nas terras do interior, realçando o espírito de solidariedade que sempre existia entre todos no seio da comunidade, numa manifestação bem popular que continua a levar a tradição e a cultura de porta a porta.
Segundo disse o responsável municipal, “ trata-se de uma forma genuína de reviver velhas tradições que, apesar das mudanças evidenciadas na sociedade actual, ainda se mantém activa neste concelho, e na verdade, continuamos contentes que haja gente e colectividades interessadas em manter este espírito”, evidenciando ainda a propósito, o orgulho de constatar o envolvimento das associações neste evento, traduzido numa grande jornada cultural.
Também satisfeito com o êxito desta iniciativa cultural, estava Gonçalo Rocha, presidente da autarquia, que na sua intervenção, também se congratulou com a excelente adesão conseguida, com a continuidade deste secular costume de cantar os reis, na sua opinião, um testemunho cultural que vai passando de geração em geração através da representação de grupos cada vez mais diversificados, “ onde para além de se estimular a defesa do património cultural, se desperta os valores da etnografia, concretizados na antiguidade dos cantares, na riqueza dos trajes regionais e na adequação dos instrumentos utilizados, na musicalidade e no bom nível das interpretações, tudo evidenciado num espírito de solidariedade e fraternidade que interessa preservar, protagonizado num convívio saudável, uma raiz que nos identifica com a nossa terra, os costumes e as jornadas da sociedade ”.
Para o edil paivense, esta iniciativa continua a ser assumida como uma reprodução e um percurso de um passado recente, que nos permite a orientação de encontro às necessidades sócio culturais da população, que queremos continuar a respeitar, garantir, valorizar, e preservar, com carinho e uma simbologia especial para a nossa terra.
Deixando uma palavra de esperança a todos os paivenses, ao seu valor e à sua força, Gonçalo Rocha evidenciou a esperança de um ano bom para os paivenses e para Castelo de Paiva, que represente para todos a efectivação de todos os anseios e a realização de todos os ideais de justiça, de trabalho, de tolerância, de solidariedade, de desenvolvimento e progresso social, na certeza de manter, como principal objectivo da sua governação, total empenhamento nas melhoria das condições de vida, na justiça social, no trabalho e no progresso do território.
Enquadrando as tradições numa simbologia especial para o concelho, o autarca de Castelo de Paiva falou ainda, nas diversas iniciativas realizadas no período de Natal, nomeadamente a Decoração Natalícia das Rotundas do concelho, entre outros eventos que voltaram a ser um sucesso e que registaram boa adesão, destacando a participação e colaboração da Associação Comercial e Industrial, da Academia de Musica de Castelo de Paiva na dinâmica do comércio local nestes dias festivos.
Durante a iniciativa, foram entregues os prémios do XI Concurso de Decoração Natalícia de Rotundas, levado a efeito pela edilidade paivense em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva, que contemplou a Rotunda da Cruz da Carreira - Sardoura ( Centro Social de SM de Sardoura ), com o 1º prémio, a Rotunda da Estação - Raiva ( AFV Agrupamento Escolar do Couto Mineiro do Pejão ) com o 2º lugar, e a Rotunda de Carvalho Mau – Paraíso – Castelo ( APPACDM de Sabariz ) como terceira classificada.