No âmbito da campanha de sensibilização que está a realizar, a Câmara Municipal de Castelo de Paiva vai promover no próximo Domingo, 18 de Fevereiro, pelas 10h30, no espaço do Salão Multiusos Joaquim Gomes de Castro, em Real, uma Sessão de Esclarecimento denominada “ Como limpar os seus terrenos. O que fazer ? “, uma iniciativa que tem a colaboração da Junta de Freguesia de Real, Protecção Civil, GNR e do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.
Esta acção de informação estará orientada para as regras e as normas aplicáveis à obrigatoriedade da limpeza da floresta em redor das edificações, sempre na certeza de que, como refere o Vereador do Pelouro do Ambiente, António Rodrigues, a protecção começa numa boa prevenção, esperando que, a informação disponibilizada sobre as regras das “ faixas de protecção “ possa chegar aos proprietários, produtores florestais e toda a população em geral.
Trata-se de uma iniciativa orientada para alertar e prevenir, e incide na obrigatoriedade de, até ao próximo dia 15 de Março, se concretizar limpezas em terrenos em 50 metros à volta das habitações / edificações, sempre que esse esses terrenos estejam ocupados por floresta, matos ou pastagens naturais e numa faixa não inferior a 10 metros quando a área em causa possa abranger apenas outras ocupações de espaço rural e apontando os 10 passos para defender as habitações em caso de incêndio florestal.
Reconhecer o problema, definir a faixa de gestão de combustíveis, reduzir a vegetação mais inflamável, manter a faixa limpa, limpar a cobertura e outras estruturas da casa, faixa de pavimento não inflamável, acessos desobstruídos, manter a faixa limpa, segurança em casa e estar preparado para um incêndio, são os passos que merecem especial enfoque no folheto informativo que os serviços da Protecção Civil Municipal estão já a distribuir pela população no âmbito da campanha de sensibilização que está a ser realizada porta a porta e pelas escolas do concelho.
Esta Sessão de Esclarecimento vai permitir assim, alertar para os factores de risco, para os cuidados que se deve ter na limpeza de matos e ervas junto à habitações e que também se deve ter ao nível da protecção florestal e no interesse económico da actividade florestal para as populações aos mais diversos níveis, recordando a propósito da temática dos incêndios florestais e suas consequências que, a intervenção humana, nomeadamente, através da má gestão dos povoamentos florestais, de práticas agrícolas incorrectas e de atitudes negligentes ou mesmo intencionais, têm feito aumentar drasticamente a frequência de incêndios, pondo em causa a regeneração das florestas, e a protecção dos próprios cidadãos e seus bens.
Para o presidente Gonçalo Rocha, estas iniciativas revestem-se de grande interesse e oportunidade, até porque, é urgente que, para além do reforço das acções e prevenção dos incêndios florestais, as pessoas se mentalizem do interesse de uma estratégia nacional que, no caso dos fogos florestais, se aposte na defesa de pessoas e bens, assim como na forma decisiva e inequívoca no reordenamento florestal e na revitalização económica e social, não deixando de reconhecer a importância e contributos da floresta como fonte de oxigénio e matérias-primas e, ao mesmo tempo, evidenciar a necessidade de promover, cada vez, uma atitude preventiva e uma mudança de comportamentos face aos elementos naturais, sempre tendo em conta a preservação ambiental e os cuidados que se deve ter para manter uma natureza mais saudável e apetecível.