Para fazer uma avaliação detalhada da situação de catástrofe que se abateu sobre o município, em virtude dos fogos florestais que no passado fim de semana, destruíram mais de 80% do território concelhio, o Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, esteve ontem em Castelo de Paiva, acompanhado do presidente da CCDR Norte, e participou nas instalações da Câmara Municipal, numa reunião com o Executivo Municipal liderado por Gonçalo Rocha, para fazer o ponto da situação e avaliar a dimensão dos danos que, para já, estão contabilizados e devidamente sinalizados, requerendo uma intervenção rápida através de medidas de apoio concretas.
O governante ouviu também as preocupações dos autarcas de Arouca e Vale de Cambra, municípios vizinhos também afectados pelos incêndios do passado fim de semana e sublinhou que a situação de Castelo de Paiva é a mais dura e mais difícil nesta região, destacando por isso, a necessidade de medidas urgentes e concretas para minimizar a imensidão de danos que está a ser reportada, daí anunciar a vinda imediata de técnicos da Segurança Social para o terreno para disponibilizar apoio para ajudar a recuperar os rendimentos das famílias atingidas.
O ministro falou na possibilidade do regime do “Layoff” para salvaguardar os postos de trabalho, esperando que essa seja uma opção dos empresários afectados, evidenciando que vai continuar a ser feito, nos próximos dias, um levantamento detalhado de toda esta situação de emergência, por forma a que o Estado possa saber quais a medidas estruturais a adoptar para ajudar a reerguer esta terra das cinzas e para aqui serem dirigidos esforços adicionais de apoio às famílias e aos empresários afectados, recordando também a necessidade da reposição do potencial agrícola que se perdeu.
Pedro Marques realçou o envolvimento da Câmara Municipal e a CCDR Norte neste processo, aproveitando para reafirmar a vontade do Governo em garantir a melhoria das acessibilidades no concelho, com a conclusão da Variante à EN 222, numa ocasião em que estão a decorrer em bom ritmo os trabalhos do Estudo Prévio do projecto desta ligação entre Póvoa / Pedorido e o nó da A32 em Canedo.
Destacando o trabalho longo e exigente que tem pela frente, num momento crítico e doloroso, o presidente Gonçalo Rocha realçou que a desgraça que se abateu sobre o território paivense exige medidas de apoio excepcionais, medidas de apoio urgentes para ultrapassar esta situação de destruição, uma vez que, por si só, o município não tem recursos para fazer face a uma tragédia desta dimensão, com dezenas de famílias desalojadas e muitos postos de trabalho em risco de se perder.
O edil paivense evidenciou o espírito de solidariedade e coesão da população paivense em mais este tempo de infortúnio, sublinhando o grande exemplo que está a dar ao país, manifestando natural preocupação no realojamento das famílias afectadas e na reabilitação do edificado destruído, merecendo especial enfoque nas suas preocupações, as quase duas centenas de paivenses que ficaram sem os seus postos de trabalho.
Em vésperas de iniciar o seu terceiro mandato, Gonçalo Rocha falou do apoio directo da Segurança Social, do investimento que é necessário concretizar nas infraestruturas do município, mostrando-se confiante de que o Governo não vai abandonar o concelho neste momento tão crítico, disponibilizando a ajuda necessária, e sublinhando que não vai descansar enquanto não vir Castelo de Paiva a reencontrar se com a vida e todos os paivenses, que sofreram danos gravíssimos com esta tragédia, devidamente realojados e a trabalhar em pleno.
No dia de hoje o Executivo Municipal já realizou reuniões com as Juntas de Freguesia, bem como, com os responsáveis de todas as empresas afectadas / destruídas, técnicos do IAPMEI e Segurança Social, procurando fazer o ponto de situação, avaliar os prejuízo de forma mais detalhada e encontrar respostas para minimizar esta grave situação.
Após as horas difíceis que se viveram em Castelo de Paiva, agora é tempo de balanço, mas principalmente é tempo de acção e a autarquia paivense continua no terreno a fazer um levantamento completo e detalhado de todos os prejuízos registados, nomeadamente o número de casas de habitação e empresas destruídas, procurando contabilizar o numero de postos de trabalho que se poderão perder.
Depois desta reunião de trabalho com o Ministro Pedro Marques, o Executivo Municipal espera agora, por parte do Governo de Portugal, a melhor solidariedade e apoio para fazer face a esta situação de desgraça que se abateu sobre Castelo de Paiva, no sentido de, rapidamente, realojar em definitivo as pessoas/famílias que perderam a sua habitação e se possam recuperar os postos de trabalho perdidos, reerguendo as unidades fabris que foram destruídas pelo fogo, já que estão em causa cerca de 200 postos de trabalho.
Por outro lado, a autarquia paivense agradece toda a solidariedade e apoio que está em marcha por parte da população e informa que, durante todo o fim de semana, as instalações da Câmara Municipal, do Pavilhão Municipal de Desportos, Loja Social e Junta de Freguesia de Pedorido estarão abertas de forma a prestar auxilio, dar informações e recolha de bens para as vítimas do tenebroso incêndio de Domingo passado.