Vão arrancar esta semana as obras de requalificação do Cais do Castelo, em Fornos, na margem esquerda do Douro, uma obra lançada pela APDL – Administração dos Portos do Douro e Leixões, uma intervenção considerada prioritária e há muito reclamada pela Câmara Municipal, que se insere numa estratégia integrada numa acção global denominada "Viver Payva Douro", que está a contemplar diversas intervenções no território, nomeadamente nas zonas ribeirinhas com potencial turístico, com especial enfoque para os percursos pedestres que a autarquia quer dinamizar.
Congratulando-se com o arranque da obra, o presidente Gonçalo Rocha enalteceu o empenhamento da APDL neste processo, destacando a importância desta intervenção ribeirinha para a valorização turística do concelho e sublinhando que o Rio Douro não pode assumir um papel secundário, mas sim de primazia, porque deve continuar a ser assumido como peça fundamental para fortalecer o turismo de qualidade que o país precisa, e esta região em particular.
Na apresentação da memória descritiva e justificativa ao projecto de beneficiação do Cais do Castelo, com vista à beneficiação das condições da instalação, estão previstas obras necessárias de conservação e melhoramento do mesmo, designadamente a execução de vários trabalhos de reparação das estruturas flutuantes, execução de passeio marginal, construção de um muro identificativo do cais, muro de contenção em gabiões, repavimentação, pinturas, limpezas e outros.
A oportunidade da presente intervenção surge assim, e desde logo pela sua interacção com as intervenções que a Câmara Municipal de Castelo de Paiva já efectuou nas áreas de lazer envolventes ao cais, dinamizando este espaço, sendo agora oportuno executar melhorias nas infra-estruturas fluviais, de forma a potenciar o desenvolvimento das actividades náuticas nesta zona ribeirinha da Via Navegável do Douro.
A proposta de intervenção contempla a melhoria das condições de acostagem e amarração de uma embarcação marítimo turística de grande porte (barco hotel) e demais embarcações marítimo turísticas (MT), sendo que, a instalação da fluvina será objecto de reposicionamento mais a montante de forma a libertar espaço de manobra para as embarcações MT, sendo também ela requalificada com novo dek de e ampliada com mais um módulo de 12x2m2 e dotada de mais 6 “ finguers “, e de porta de controlo de acessos, enquanto na zona fluvina haverá lugar a execução de talude de enrocamento para proteger as fundações do passeio marginal que será redimensionado no sentido de beneficiar o arruamento de acesso, permitindo ordenar o estacionamento.
Na entrada do cais será executado muro identificativo do cais tipificado em conformidade, tal e qual como já executados noutras intervenções (Midões e Sardoura), constituído por alvenaria de granito de pico fino em ambas as faces com letras em ambas as faces, preconizando negativos para passagem de cabos tendo em vista a instalação de iluminação do mesmo.
No que se refere a redes enterradas prevê-se desde já a instalação da rede de abastecimento de água ao Cais MT e à fluvina, bem como a execução da rede de iluminação pública com postes e armaduras similares às instaladas no Cais de Midões, na Raiva, tendo em vista a uniformização da respectiva manutenção, sendo que, também será executada a rede de caixas e tubagem de negativos tendo em vista o futuro abastecimento de energia eléctrica ao cais MT e fluvina.
Por se tratar de uma intervenção de beneficiação de um cais já existente, que contempla maioritariamente aspectos de renovação/melhoria de infra-estruturas e materiais, prevê –se que a empreitada que agora tem início, tenha um prazo de execução de 90 dias, devendo a obra estar concluída em meados do próximo ano, a tempo do inicio da época balnear.