Castelo de Paiva em destaque na FICIS

O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva participou ontem na quarta edição do FICIS – Fórum Internacional das Comunidades Inteligentes e Sustentáveis, iniciativa que está a decorrer desde Terça Feira no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, reunindo mais de 20 especialistas em “ smart cities “ , com especial participação de dez presidentes de Câmara, para “debater e apresentar soluções projectadas para transformar as cidades portuguesas em comunidades inteligentes”.

 

sex 6 abr, Actualidade

Gonçalo Rocha foi orador num painel que teve o Rio Douro como “ denominador comum “, num debate partilhado com os autarcas de Gondomar e Tabuaço e moderado por Filipa Cardoso, directora da revista Smarts Citis, que orientou os responsáveis dos três municípios a falar da forma como estão a aproveitar o ‘boom’ do turismo fluvial que atrai um número cada vez maior de visitantes ao Douro, procurando, cada um à sua maneira, oferecendo motivos de visitação diferenciados.

Evidenciando o enorme potencial das zonas ribeirinhas, o edil paivense referiu-se ao interesse e ao impacto da estratégia “ Viver Payva Douro “ na promoção e valorização turística do concelho, falando nos investimentos que estão em curso, assumidos para que Castelo de Paiva possa continuar a mostrar o seu potencial, os seus recursos endógenos, insistindo na importância da concretização dos grandes projectos orientados para os Percursos Pedestres, e relacionados para as temáticas dos rios, serra, vinhas e minas, procurando dar a conhecer aos visitantes um conjunto de actividades económicas das gentes paivenses, sempre prontas a receber e a dar o seu melhor a quem nos visita.

Para o autarca, que recordou o êxito e a amplitude do projecto de navegabilidade, o Douro desde sempre foi um foco de atractividade, que importa continuar a valorizar cada vez mais, insistindo na criação de produtos diferenciadores gizados para trazer gente ao território, dinamizar uma terra com imensas potencialidades no turismo de natureza e alavancar a economia local, procurando valorizar o município, criar riqueza, cativando investimento e motivando os operadores para a região e atrair visitantes que se apaixonem pelo concelho e pela sua oferta turística de qualidade.

Realçando o privilégio de uma enorme frente ribeirinha, Gonçalo Rocha assumiu o entusiasmo que se regista no concelho por estas novas oportunidades de desenvolvimento sócio- económico, apostas de crescimento que enriquecem o interior e disse acreditar nestes projectos de valorização e requalificação de junto ao Douro, porque o turismo da natureza está na moda e o território paivense tem condições e potencialidades únicas que importa aproveitar ao máximo, não descurando factores de sustentabilidade orientados para a confirmação do sucesso destes investimentos municipais.

Recordando que o Douro foi outrora motivo de aproximação, o edil paivense partilhou o sentimento de que é importante continuar a sensibilizar quem governa para que não se esqueça o interior do país e, no que concerne ao sucesso do turismo fluvial, que todos os anos arrasta milhares de visitantes pelo Douro, frisou que os operadores turísticos devem olhar estes concelhos com outra atenção, aproveitando os investimentos que estão a ser realizados nas requalificação das zonas ribeirinhas e contemplando paragens das embarcações, traduzindo-se na possibilidade de mais riqueza e potenciar dinâmica empresarial, ao mesmo tempo que, registou que o concelho depende do Rio Douro para se valorizar turisticamente, mas mostrando desacordo no rol de burocracias e condicionantes que travam muitos projectos de investimento.

A mobilidade, a regeneração urbana, a tecnologia e inovação, a criatividade e arte urbana são alguns dos temas de fundo que estão em discussão nesta iniciativa que hoje termina e que pretende afirmar-se como um exemplo de democracia participativa.

“ Pelo quarto consecutivo, o FICIS volta a abrir à comunidade uma porta para a partilha de conhecimento sobre como será viver, no futuro, nas nossas cidades. É fundamental incluir os cidadãos nesta discussão, pois o sucesso do futuro das cidades passa, em larga medida, pela colaboração dos próprios cidadãos”, referiu Ana Fragata, directora executiva do FICIS 2018.

Esta responsável destacou que, em Portugal, há vários casos de concelhos menos povoados que têm desenvolvido boas práticas ao nível do futuro sustentável das cidades e que podem, igualmente, beneficiar as grandes cidades, daí a aposta deste ano, trazer ao debate, testemunhos de vários presidentes de Câmara Municipais de cidades que são casos práticos de sucesso na aplicação destas soluções.

No final de cada dia, registou-se a sessão Smart City Lab, que contou com a participação dos autarcas, para que estes possam debater sobre exemplos de boas práticas em cidades e vilas, já que um dos objectivos do FICIS passa por promover “ o desenvolvimento de parcerias à escala global, numa lógica de rede entre empresas da Euro-região e os seus parceiros estratégicos promovendo sinergias e dinâmicas de negócio “.

O evento contou com a presença do Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, para além das participações dos presidentes das autarquias de Arcos de Valdevez, Montalegre, Melgaço, Castelo de Paiva, Gondomar, Tabuaço, Vila Nova de Cerveira, Caminha e Monção e ao lado dos especialistas em smart cities, os painéis de oradores tiveram o contributo de responsáveis de várias entidades e prestigiadas empresas nacionais.

A edição deste ano do FICIS 2018 teve como propósito reforçar a notoriedade das cidades e a sua afirmação em contexto nacional e internacional, como pólos de atracção, baseada na inovação para o bem-estar e felicidade das suas comunidades, de forma integrada e transversal aos avanços que permitirão responder às necessidades futuras das mesmas.

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