Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal-China apoia Castelo de Paiva

Nestes termos, e tendo em conta a situação que se vive no concelho, em virtude da tragédia dos incêndios que devastaram o território municipal, o presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva recebeu esta semana uma comitiva da Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal-China, liderada pelo seu Secretário Geral, António dos Santos Queirós, que veio apresentar as preocupações e a vontade de ajudar por parte da Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal – China, entidade que em Portugal federou as instituições que cooperam com a República Popular da China e que tem acompanhado com grande pesar as consequências trágicas da recente vaga de incêndios que assolou o país e que tem vindo a questionar-se sobre como pode traduzir a sua solidariedade em acções concretas, que possam responder aos problemas actuais e possam potenciar um futuro mais promissor.
Na audiência com Gonçalo Rocha, acompanharam o secretário – geral da CCDPCh, o director da Liga dos Chineses em Portugal, Ping Chow, o associado Domingos Alves, importante empresário ligado ao sector apícola, bem como o Engº António Santos Veloso, fundador do IDARC, Arlindo Alves, presidente da Associoação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva e J.Paulo Dinis, principal responsável do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa, que percorreram já uma parte significativa das áreas atingidas, recolheram informação e já realizaram contactos para concretização de apoios, quer em Portugal mas também na RP da China.
Nesta abordagem em Castelo de Paiva, foi possível chegar a uma proposta que, segundo António Santos Queiroz, traduz a nossa actividade regular da instituição, mas agora também orientada para os municípios atingidos pelos incêndios, e que passa por incluir nas missões, organizadas regularmente, uma mensagem dirigida aos poderes políticos, às entidades empresariais e do sector científico e educativo, sob a forma de uma carta-convite para que considerem, nos seus projectos e programas de cooperação e intercâmbio, a possibilidade de desenvolver a cooperação com estes municípios, sobretudo através dos investimentos directos e criadores de postos de trabalho e riqueza social, industriais, comerciais, agro-silvo-pastoris e de produção animal, destacando a importação preferencial de produtos locais, intercâmbio científico, cultural, educativo e tecnológico…
Seguindo as regras da diplomacia económica e política, foi realçada uma missiva que será traduzida para mandarim para ponderação do presidente do município e, eventual subscrição, já formatada para os mercados, a administração pública e a comunidade académica, da RP da China, de que a Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal-China será fiel depositária e fazendo chegar ao destino, mas com conhecimento da embaixada chinesa em Portugal.
O Secretário Geral da CCDPChina realçou a importância de indicar municípios com locais de possível localização dos projectos que os empresários chineses, as suas universidades, a sua administração local e regional (protocolos vários e geminação entre municípios), pretendem realizar no nosso país, manifestando a disponibilidade para promover outras iniciativas, nomeadamente integrar a distribuição das cartas já subscritas nos objectivos das missões que regularmente seguem para a China, particularmente nas que se inserem no âmbito da iniciativa do governo da República Popular da China, denominada a Nova Rota da Seda.
O presidente da autarquia, Gonçalo Rocha, agradeceu e manifestou com agrado esta disponibilidade da CCDPChina em vir ao concelho e demonstrar vontade de ajudar Castelo de Paiva, num tempo muito difícil em que 80% do território municipal foi devastado pelo fogo, com habitações e empresas destruídas, evidenciando que toda ajuda e investimentos são bem vindos, até porque o município não tem recursos para fazer face a uma tragédia desta dimensão, com dezenas de famílias desalojadas e muitos postos de trabalho em risco de se perder, voltando a sublinhar que, acredita na solidariedade do Governo para com o concelho e que não vai descansar enquanto não vir Castelo de Paiva a reencontrar se com a vida e todos os paivenses, que sofreram danos gravíssimos com esta tragédia, devidamente realojados e a trabalhar em pleno.