Na sequência das opiniões que publicamente têm sido difundidas e que têm originado uma distorção da realidade dos factos o Município de Castelo de Paiva, vem prestar os seguintes esclarecimentos:
A primeira avaliação fitossanitária sobre as árvores do Largo do Conde de Castelo de Paiva foi efetuada no decurso do ano de 2018, onde se concluiu pela necessidade de abate de 5 tílias, apontando também a debilidade maioritária das que se poderiam manter, indicando os procedimentos a adotar tendentes á sua eventual recuperação.
Dando sequência a esta avaliação procedeu-se ao abate das referidas 5 tílias e iniciaram-se os procedimentos para elaboração do projeto de execução do arranjo urbanístico do Largo do Conde e da Praça da Independência.
Não obstante a conclusão da referida avaliação no que diz respeito ao estado de debilidade das tílias que se mantiveram, desde o primeiro contacto com a equipa projetista, foi assumido pela Câmara Municipal, que pretendia a incorporação no projeto das tílias existentes e consequentemente se mantivessem o maior número possível.
Esta imposição da Câmara Municipal foi corporizada no projeto elaborado, que manteve a generalidade das tílias existentes, tendo previsto para o efeito a criação de caldeiras em torno das mesmas (dimensionadas com 4 metros de comprimento por 2,4 de largura, para aumentar a área permeável na envolvente das árvores). O projeto em causa, foi alvo da mais ampla divulgação pública possível, permitindo-nos até dizer que terá sido o mais divulgado nas últimas décadas por parte da Câmara Municipal. Essa divulgação comportou várias sessões públicas de apresentação das quais se destacam as realizadas em dezembro de 2019 e janeiro de 2021, onde estiveram presentes as mais variadas entidades, eleitos locais e público em geral, onde todos os presentes tomaram conhecimento do projeto a executar e de forma unânime, reconheceram a qualidade do mesmo. Será importante referir que de todos os presentes, nenhum houve que tecesse qualquer tipo de comentário negativo sobre o projeto.
Certo é que, com o inicio da empreitada e consequente desenrolar dos trabalhos percebeu-se que as raízes das tílias não tinham a profundidade prevista o que originou o corte inesperado de algumas raízes para que fosse possível implantar as estruturas previstas. Esta situação de imediato chamou a atenção dos responsáveis municipais que, por existirem dúvidas do impacto que aquela intervenção provocaria nas tílias, requereram a elaboração de um estudo de avaliação fitossanitária daquelas, o qual, infelizmente, conclui pela necessidade do seu abate, com exceção de 4.
Nesta fase, a Câmara Municipal confrontada com a vontade de manter todas as tílias existentes no Largo do Conde ou garantir a segurança de pessoas e bens, não tinha qualquer alternativa que não fosse optar por esta última. Em momento algum e de forma consciente se poderia ponderar, concluir a empreitada com a manutenção do estrato arbóreo existindo a possibilidade de queda de ramos ou a queda total das árvores, certamente todos compreenderão a decisão que se impunha, a segurança é primordial.
Queremos, contudo, que a empreitada se desenrole da forma mais célere possível e se concluam os trabalhos para que se possa abrir aos paivenses e público em geral o Largo do Conde, completamente renovado e com um caracter de modernidade, onde todos possamos usufruir das suas potencialidades.